A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande (MS), a primeira a ser inaugurada no país, comemora no dia 3 de fevereiro, 6 anos de atendimento ininterrupto às mulheres em situação de violência – e para se ter uma noção dos números, de 2017 a 2020 foram 24.898 mulheres que buscaram o atendimento. Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), foram confeccionados 7.328 boletins de ocorrência no ano de 2020, com 4.713 pedidos de medidas protetivas e 408 autos de prisão em flagrante.
O diferencial da CMB é manter em todos os órgãos uma equipe sempre qualificada para o atendimento humanizado e integrar vários serviços num mesmo local, evitando o desgaste da mulher em peregrinar por vários endereços. “A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento de extrema importância e necessidade para as mulheres que sofrem violência, especialmente violência doméstica e familiar. É onde encontram o primeiro atendimento, o acolhimento que precisam para se sentirem seguras e confiarem o relato das crueldades que sofreram. A escuta da vítima, quando feita de forma qualificada, faz toda a diferença e torna mais leve o fardo. E para as que precisarem de acompanhamento psicossocial continuado, após a CMB, a equipe do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), mantido pelo Governo do Estado, está à disposição”, explana a Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres do Estado de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja.
A Casa da Mulher Brasileira oferece acolhimento e triagem (o primeiro contato, que presta as informações necessárias e faz os encaminhamentos), apoio psicossocial (super importante, responsável por auxiliar as mulheres na superação dos impactos da violência sofrida), alojamento de passagem (abrigamento temporário para mulheres e seus filhos, em caso de risco de morte, até que possa estar em segurança), brinquedoteca, central de transportes, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM 24h, todos os dias), Patrulha Maria da Penha, PROMUSE – Programa Mulher Segura (PMMS), Promotoria de Justiça Especializada, Defensoria Pública Especializada e a 1ª Vara Especializada na Concessão de Medidas Protetivas do país e, também, núcleo de autonomia econômica – vista como a “porta de saída” do ciclo da violência, que oferece capacitação, educação financeira e apoio para inserção da mulher no mercado de trabalho.
Maiores informações serão apresentadas pelo Colegiado Gestor, em entrevista coletiva, dia 3 de fevereiro, às 9h, na Casa da Mulher Brasileira, localizada à rua Brasília, s/ nº, Jardim Imá.
Publicado por: Jaqueline