A Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), realizou nesta quinta-feira (01.10) o primeiro evento em alusão a campanha “Outubro Rosa”.
O workshop on-line “Outubro Rosa: prevenção ao câncer de colo de útero e colo de mama”, teve a participação da Subsecretária de Estado de Políticas Púbicas para Mulheres, Luciana Azambuja; da gerente de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Hilda Guimarães de Freitas; da médica mestre e doutora UNIFESP, responsável pelo Rastreamento de câncer do colo do útero do Hospital do Amor de Campo Grande, Drª Adriane Cristina Bovo e do médico pesquisador do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA e professor Associado da UNIRIO, Dr. Luiz Claudio Santos Thuler e como debatedora a técnica da SPPM, Nancineide Silva.
Abrindo o evento a Subsecretária da SPPM, Luciana Azambuja, ressaltou que as mulheres constituem a maioria da população brasileira e são as maiores usuárias do Sistema Único de Saúde. Citando os objetivos principais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), que integra um dos eixos estruturante dentro das políticas públicas para mulheres.
“É nossa atribuição como Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, atuar para promover a melhoria das condições de vida e saúde em todas as fases da sua vida, respeitando as especificidades de raça, etnia, idade, classe social, orientação social e mulheres com deficiência. E com base nesses objetivos e atribuições, nós iniciamos hoje um ciclo de eventos virtuais abordando a saúde da mulher, em parceria com a SES. Esse primeiro evento tem o objetivo de alertar e conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce do câncer de mama. Porém durante o mês vamos falar sobre educação na saúde de gênero, direitos sexuais e reprodutivos na perspectiva de direitos humanos, saúde mental das mulheres em tempos de pandemia, autocuidado e alimentação saudável. ”
Na ocasião a gerente de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Hilda Guimarães de Freitas, ressaltou o histórico da política da mulher em âmbito nacional e estadual, e o funcionamento dessa rede de atendimento em municípios sul-mato-grossenses. Em tempos de pandemia explicou sobre a retomada dos programas de saúde da mulher. “Existe no Estado um sistema que chamamos de prosseguir que nos dá um embasamento para atuação em cada município, além das recomendações do INCA. Vamos retomar com a devida cautela, respeitando as medidas preventivas recomendadas. Essa entre outras recomendações estão sendo repassadas para todos os municípios.”
Em sua palestra a médica mestre e doutora UNIFESP, responsável pelo Rastreamento de câncer do colo do útero do Hospital do Amor de Campo Grande, Drª Adriane Cristina Bovo, abordou “O que precisamos saber sobre o câncer de colo de útero?”
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres – atrás apenas do de mama e do colorretal – e a quarta causa de morte por câncer entre a população feminina no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A doença, entretanto, pode ser descoberta durante exame de rotina e atinge altas taxas de cura quando detectada e tratada no início. “Se descoberto precocemente as chances de cura chegam a ser acima de 90%. É preciso ficar atento a esse tipo de câncer porque os mesmos só aparecem em uma fase muito tardia. Então a paciente não deve aguardar sintomas, por isso é importante fazer o exame preventivo em uma periodicidade de pelo menos 3 anos, casos os exames estejam normais”, explica a médica.
Ainda de acordo com o INCA, a estimativa é que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. “No levantamento o INCA, estimou-se esse ano 850 mulheres receberão o diagnóstico de câncer de mama no Estado, sendo 280 só na capital. O principal fator de risco para câncer de mama é ser do sexo feminino: as mulheres têm 100 vezes mais chance de ter câncer de mama do que os homens. Além disso, o envelhecimento, ter mãe ou irmã com câncer de mama, se expor em excesso à radiação ionizante (por exemplo raios X ou radioterapia), obesidade, exposição a pesticidas, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, e alguns tratamentos com hormônio aumentam o risco de a mulher desenvolver câncer de mama”, explicou o também palestrante médico pesquisador do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA e professor Associado da UNIRIO, Dr. Luiz Claudio Santos Thuler.
O Hospital do Amor em Campo Grande realiza exame de mamografia e exame preventivo totalmente gratuito, basta nos procurar com os seguintes documentos: CPF, RG, Cartão do SUS e Comprovante de Residência. Está localizado na Avenida Vereador Thyrson de Almeida, 3103 – Bairro Aero Rancho, Campo Grande. O telefone da unidade é (67) 3304-6600.
O workshop está disponível na página do facebook da Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres: @SubsMulheres.
Próximos eventos:
08 de outubro
Roda de Conversa: Direitos sexuais reprodutivos na perspectiva dos direitos humanos e educação em saúde para prevenção à violência de gênero.
15 de outubro
Roda de Conversa: Saúde mental das mulheres em tempos de pandemia.
22 de outubro
Roda de Conversa: Saúde da mulher - autocuidado e autonomia, práticas saudáveis na alimentação.
29 de outubro
Roda de Conversa: Saúde da mulher negra e anemia falciforme.
Outubro Rosa
Outubro Rosa é uma campanha anual realizada mundialmente em outubro, com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. A mobilização visa também à disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento de qualidade.
Durante o mês, diversas instituições abordam o tema para encorajar mulheres a realizarem seus exames e muitas até os disponibilizam. Iniciativas como essa são fundamentais para a prevenção, visto que nos estágios iniciais, a doença é assintomática.
Publicado por: Jaqueline