Dia 19 de novembro comemora-se o Dia do Empreendedorismo Feminino.
A autonomia econômica e o protagonismo geram impactos positivos para as mulheres. E para maior visibilidade da participação da mulher nesse cenário, em 19 de novembro comemora-se o Dia do Empreendedorismo Feminino.
A data foi criada no ano de 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar a abertura de negócios por mulheres, motivando o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável, com atividades realizadas em mais de 150 países. Mesmo sendo o grupo mais afetado pela pandemia, as empreendedoras brasileiras driblaram a crise com inovação para salvar seus negócios.
Diante da violência doméstica e familiar que atinge mulheres de todas as idades, de distintas classes sociais, raças, crenças, profissões e de níveis educacionais, além de alcançar mulheres urbanas e rurais. Neste contexto, ocorre o impacto negativo para as crianças e adolescentes, pois estão convivendo em ambiente abusivo – ou seja, a violência contra a mulher atinge toda a família. E a autonomia econômica é a principal porta de saída do ciclo da violência, por isso um eixo prioritário de atuação da Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres.
Para a ONU Mulheres, ao valorizar o empreendedorismo feminino, a sociedade contribui para a igualdade de gênero, reduzindo os fatores culturais e históricos – consequentemente, tem-se também a redução da violência contra a mulher.
E as mulheres inovaram mais que os homens. Segundo o Sebrae, 71% das mulheres usam redes sociais, aplicativos e a internet para vender seus produtos e serviços. Em contrapartida, só 63% dos homens usam essas ferramentas. Atualmente, 34% das empresas abertas e 48% dos microempreendedores individuais (MEI) existentes no país são delas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ainda recebem 20,5% menos que os homens e dedicam oito horas a mais nos afazeres da casa, mesmo tendo um nível maior de escolaridade. Se ampliarmos a análise ainda por cor ou raça, observa-se que é feito mais por mulheres negras (39,6%) e pardas (39,3%), do que por brancas (33,5%).
Estudos de transformação social mostram que investir e educar as mulheres e meninas de um país traz um retorno mais alto para o desenvolvimento local do que qualquer outra forma de investimento, também conhecido como The Girl Effect.
Uma vez que se faz necessário ampliar o acesso à educação em todos os níveis, quando falamos de educação empreendedora, a falta também se reflete no quesito de networking, uma vez que as mulheres têm uma probabilidade menor de conhecer pessoas que tenham aberto algum negócio. Transformando isso em dados, 42% dos homens são mais propícios a conhecerem alguém que tenha começado a empreender nos últimos dois anos, comparado com apenas 27% de mulheres.
O empreendedorismo feminino é o movimento que reúne negócios idealizados e comandados por uma ou mais mulheres. Isso porque o perfil empreendedor não se restringe às pessoas que abrem seu próprio negócio, mas, sim, àquelas que têm uma postura focada na determinação, coragem e inovação.
Para a Subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja, apoiar e incentivar o empreendedorismo feminino é uma pauta de ação permanente. “As mulheres têm se destacado no mundo dos negócios, Mato Grosso do Sul é o estado com a maior participação de mulheres empreendedoras, com 38% de mulheres empresárias, contra a média nacional de 34%, conforme dados do SEBRAE em 2019. Capacitar e qualificar as mulheres para que empreendam e tenham empregabilidade vem sendo pauta do programa Recomeçar, lançado em agosto/2020, exatamente para que, durante a pandemia, as mulheres não deixassem de lado esse tino empreendedor e pudessem, mesmo que com o isolamento social, atualizarem seus conhecimentos, uma vez que os cursos e oficinas estão sendo realizados de forma virtual”, informa a subsecretária.