A representatividade feminina na política cresceu em Mato Grosso do Sul: enquanto em 2016 foram eleitas 110 vereadoras, com o resultado das urnas no último dia 15 de novembro, a partir de 2021 serão 164 mulheres a ocuparem as cadeiras nas câmaras de vereadores em todo o Estado, número que representa um aumento de 58% se comparado com o último pleito.
Com destaque para os municípios de Três Lagoas, com 5 vereadoras eleitas, Amambai – que antes tinha apenas uma vereadora, passa a contar com 4 mulheres na Câmara de Vereadores, mesmo número de Sidrolândia e de Coronel Sapucaia, município que já possui tradição de eleger mulheres.
Muito embora no poder legislativo a representatividade das mulheres tenha aumentado, houve uma redução no número de mulheres que comandará o executivo municipal nos próximos quatro anos: nas eleições de 2016 foram 7 eleitas, nesse anos apenas 5 mulheres comandarão as Prefeituras Municipais, o que representa uma redução de aproximadamente 28,5%. Os municípios que terão mulheres no mais alto cargo do Poder Executivo Municipal a partir de 2021 são Água Clara, Corguinho, Fátima do Sul, Jardim e Naviraí.
Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, apenas 7 não terão nenhuma vereadora na próxima legislatura, são eles: Aquidauana, Batayporã, Camapuã, Maracaju, Naviraí, Pedro Gomes e Sete Quedas. Em 2016, foram 17 municípios sem representação de vereadoras: Anastácio, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Bandeirantes, Corguinho, Deodápolis, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Jaraguari, Jateí, Miranda, Paraíso das Águas, Paranhos, Sete Quedas, Selvíria e Terenos.
Para a Subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja, um dos motivos para o aumento expressivo do número de mulheres eleitas é o trabalho de conscientização, com capacitações realizadas por meio de workshops pela SPPM. “Um dos eixos de atuação da Subsecretaria é o fortalecimento e participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, temos buscado atuar de forma suprapartidária em todas as nossas ações, o resultado nas urnas reflete um anseio da população por maior representatividade na política e as mulheres a cada dia tem conquistado seu espaço e temos sim que comemorar esse aumento de vereadoras nos parlamentos municipais”, ponderou a subsecretária.
Outro fator relevante para a garantia de mais espaços das mulheres nas prefeituras está associado às cotas. Pela primeira vez, além dos 30% das vagas para se candidatar serem reservadas a elas, os 30% dos fundo eleitoral e partidário também ajudaram a fortalecer as campanhas das concorrentes.
Ainda de acordo com o TSE, em 2020, 33,15% das candidaturas foram de mulheres e, apesar de representarem 52,5% do eleitorado brasileiro, as mulheres representam apenas 45,3% das filiações partidárias.
O ano de 2020 já ficou marcado na história política do Estado pelo expressivo número de mulheres eleitas, espera-se que o feito se consolide e que nas próximas eleições tenhamos ainda “Mais mulheres na política e mais políticas para mulheres”.
Publicado por: Jaqueline