Campo Grande (MS) - O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) em parceria com a Delegacia-Geral da Polícia Civil, lança nesta segunda-feira (01.06), no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, a primeira edição do Mapa do Feminicídio de Mato Grosso do Sul: um mapeamento das mortes violentas de mulheres, tipificadas como feminicídios, ocorridas no Estado no ano de 2019, com objetivo de sistematizar e divulgar os dados de violência contra a mulher e de feminicídios, que servirão como subsídios para elaboração de políticas públicas de enfrentamento à violência.
“É preciso nominar, quantificar e qualificar a investigação e o julgamento dos crimes de feminicídios, para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências concretas, em estatísticas de cada município, de cada região. É isso o que pretendemos com o diagnóstico alcançado no “Mapa do Feminicídio MS”: aprimorar e fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres, para prevenir e erradicar os feminicídios em Mato Grosso do Sul”, explica a subsecretária Luciana Azambuja.
O Mapa do Feminicídio lançado hoje traz dados dos 30 casos ocorridos no Estado no ano de 2019 e a constatação de que 77% das mortes ocorreram naquele local onde as mulheres deveriam estar mais seguras: na sua residência; que em 37% dos casos os autores utilizaram de arma branca (faca, canivete ou machadinha); que 56,66% das mulheres foram mortas por homens com quem conviviam e tinham relacionamento afetivo; que em 40% dos casos o motivo foi a não aceitação do término do relacionamento e que em 33,33%, o motivo alegado foi cíumes – o que denota sentimento de posse sobre a vítima.
Acesse aqui o Mapa do Feminicídio.
Publicado por: Jaqueline